A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) convida os pediatras brasileiros a participarem da consulta pública nº 36 da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), sobre a incorporação na rede pública de uma nova forma de apresentação dos medicamentos para tratamento de tuberculose em crianças com até 10 anos de idade. Disponível até o dia 16 de julho, a proposta refere-se especificamente à inclusão da dose fixa combinada de rifampicina 75 mg + isoniazida 50 mg + pirazinamida 150 mg, em forma dispersível.
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Atualmente, o tratamento da tuberculose é oferecido exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e inclui a combinação de medicamentos em doses que envolvem mais de um comprimido. No caso do tratamento infantil, em fase intensiva da doença é necessária a administração da rifampicina, isoniazida e pirazinamida simultaneamente, com diferentes apresentações.
De acordo com a integrante do Departamento Científico de Pneumologia da SBP, dra. Maria de Fátima Bazhuni Pombo March, a dose fixa combinada tem maior potencial de aceitação no uso em crianças e, por isso, aumenta as chances de adesão ao tratamento e consequentemente as taxas de cura da doença.
“Há décadas, esses medicamentos são utilizados na população pediátrica com bons resultados no tratamento da tuberculose. A proposta em discussão fornece uma nova opção de apresentação desses três fármacos, na forma de comprimidos de dose fixa combinada e dissolvível em água. Apesar de não haver diferenças significativas entre os efeitos de tratamento, esse formato facilita a adesão do paciente, especialmente das crianças”, explica a pediatra.
Conforme enfatiza a dra. Fátima, todos os cidadãos podem participar da consulta pública, sobretudo os pediatras, dado o interesse direto na melhoria das condições de assistência e tratamento das crianças com tuberculose, doença ainda muito frequente no País.
COMO PARTICIPAR – Os interessados em apresentar contribuições à Consulta Pública devem preencher o formulário eletrônico disponível no site da Conitec. As sugestões encaminhadas podem confirmar ou modificar a recomendação inicial. Evidências científicas e relatos de experiências sobre o uso dessas tecnologias em casos da doença também devem contribuir para a análise da Comissão.