Sociedade Brasileira de Pediatria pede aos médicos que receitem livros



A importância de ler para as crianças chegou aos consultórios médicos. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em parceria com a Fundação Itaú Social e a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal,  lançou a   campanha “Receite um Livro”. A ideia é incentivar os  pediatras para que orientem as famílias a ler em voz alta diariamente para os filhos, principalmente na primeira infância — período que vai da gestação aos seis   anos — pois isso resulta diretamente em melhoria da qualidade de vida e da capacidade de aprendizado, com reflexos positivos até a vida adulta. Neste período, 90% das conexões cerebrais são formadas.

Cada vez mais, há evidências de que essa arquitetura do cérebro é construída a partir das experiências vivenciadas. Por isso, é muito importante oferecer cuidado, afeto e estímulos o mais cedo possível à criança,   até mesmo durante a gestação, para que ela possa desenvolver de forma plena habilidades como pensar, falar e aprender.

Como parte da campanha serão distribuídas aos pediatras a publicação “Receite um livro: Fortalecendo o desenvolvimento e o vínculo”, que traz conteúdo atualizado e baseado em evidências científicas sobre os   impactos da leitura no desenvolvimento infantil, bem como orientações de como incluir o estímulo à leitura na prática clínica.

Os pediatras também receberão por um ano newsletters bimestrais “Receite um livro”, com exemplos de profissionais e/ou instituições que já realizam o estímulo à leitura em sua rotina, dicas de acesso à livros,   conteúdo científico, entre outras informações relevantes sobre o tema. Além disso, os pediatras ganharão um kit de livros do Programa Itaú Criança, que distribui livros gratuitamente para famílias.

A campanha, com abrangência nacional, durará um ano e vai impactar aproximadamente 22 mil médicos pediatras. Seguindo uma recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria e da American Academy of   Pediatrics, eles também serão orientados a incluírem leitura de histórias no atendimento e no tratamento das crianças pequenas.

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