Eletroencefalograma

O Eletroencefalograma (EEG) é um exame que analisa a atividade elétrica cerebral espontânea, captada através da utilização de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo. Inicialmente é feito um registro espontâneo da atividade elétrica cerebral durante a vigília (paciente acordado). Se possível, essa atividade é registrada também durante a sonolência e o sono. O registro em todos esses estados de sono/vigília aumenta a sensibilidade do método na detecção de diversas anormalidades. Após o registro espontâneo, são realizadas as provas de ativação: hiperpnéia (o paciente realiza incursões respiratórias forçadas e rápidas, por 3 a 4 minutos) e fotoestimulação intermitente (coloca-se, frente ao paciente, uma lâmpada que produz flashes com frequências que variam de 0,5 a 30 Hz). O objetivo deste método é aumentar a sensibilidade do exame, bem como detectar alterações específicas que podem ser provocadas pelas provas de ativação. Após a aquisição do traçado eletroencefalográfico, o registro é revisto pelo médico neurofisiologista clínico (eletroencefalografista), com especial atenção para eventos apresentados pelo paciente durante o exame e possível diagnóstico de síndromes eletroclínicas e atividade epileptiforme.

Os pacientes já em acompanhamento no ambulatório de neuropediatria com diagnóstico clínico de epilepsia, epilepsia refratária e sem diagnóstico etiológico realizarão o eletroencefalograma (EEG) com duração de 30-60 minutos, montagem sistema 10-20 padronizado pela Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica (SBNC) e com registro de vigília, sonolência e sono, se necessário, induzido por privação de sono e/ou melatonina, além das provas de ativação como fotoestimulação e hiperventilação). O EEG ambulatorial acontece nos turnos das 3a feiras de tarde com ou sem sedação.